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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Fim de verão...

Todos sabem que só na zona interior do país tem esta coisa fantástica dos bailes de verão, no litoral já são as famosas feiras populares e romarias…não é que não existem por estes lados mas são menos usuais…

Tive o prazer de visitar uma na zona de Aveiro e tem muito que se lhe diga…

Logo na entrada estão as carrinhas daqueles homens que tem paleio que nunca mais acaba, a vender panos e paninhos, edredons e colchas e pares de meias com raquetes e bandeira portuguesa.

Só ai dá logo vontade de pegar numa cadeira e assistir ao stand up dos pobres…
“Minha senhora, em vez de dar 10€ para a sua menina ir há discoteca por uma noite, compre estas 4 toalhas por esses 10€ para o enxoval que dura uma vida inteira!”

E depois entram ao despique entre carrinhas…

“-Vá lá ver minha senhora 10 pares de meias por 5 euros!

-Colega já está a passar o seu tempo!!

-É só vender mais isto amigo!...

(passado 10 minutos)

-Pronto é tudo seu colega!!

-Como o cromo do meu colega ocupou o meu tempo a vender as tralhas eu vou começar a dar coisas…”

E assim chamam os velhotes perto das suas carrinhas dando baralhos de cartas e máquinas de barbear…

Depois começam aparecer as bancas com saldos maravilhosos do outro mundo e carradas de gente a vasculhar no meio das roupas…

Mais a frente começa a saga dos óculos… mesas e mesas de negros a vender o óculo da moda com caixa e tudo…e também aqueles que vendem aquelas estatuas africanas…sim ninguém compra aquilo mas existem peças e peças daquelas pela feira…

A parte mais engraçada é quando encontramos os índios peruanos a tocar (ainda) o Titanic em flauta de pã com as suas roupinhas e penas.

O que me chocou na visita a feira foi mesmo na zona dos carrosséis, o trabalho infantil que para lá havia, tive oportunidade de observar um caso…

Havia lá uma menina que não tinha mais que 6 aninhos a recolher os bilhetes das pessoas na lagarta… depois pediu à mãe e foi andar nos carrinhos de choque para as crianças…parecia um peixe na água… a guiar no meio das criancinhas como se tivesse feito aquilo desde que nascerá (é o mais provável).

Mas sim, é agradável passear e não ter estas tristes observações parvas das pessoas que ganham a vida nas feiras…

Anexo: (já começou a escola…bah)

Bem, vou aviar uma vida

Rui Freire